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9.4.20

Madrugada e Meia - Prefácio

Setenta e Sete  



Em meados de 1999 a cidade estava calma, a cena punk vinha seguindo quase uma década de tranquilidade, sem grandes problemas, crescendo e atingindo camadas da juventude nunca antes atingidas. O advento da internet trazia aos jovens bandas com sons inusitados, a abertura de lojas na galeria do rock fornecia aos meninos opções fáceis de vestuário, discos e uma nova onda musical recém-nascida nos Estados Unidos vinham com tudo, trazendo a São Paulo um hard core mais melodioso inspirado em bandas de 1977 imbuindo uma nova energia para o movimento.

Haviam meninos ricos que andavam de skate e curtiam hard core melódico, frequentavam festinhas e shows como formigas no picnic.

Dos esgotos sujos dos subúrbios e sarjetas do centro da cidade, nadando contra essa nova corrente e sedentos por uma revolução surgiam as Gangs. Algumas das antigas ressurgiram e outras nasciam em meio a toda aquela cena torpe, progredindo como uma doença num sistema falido. Estuprando a noite da metrópole como uma gripe forte e violenta irrompem os Punks Virus, com um ideal diferente das demais gangs da época. Os vírus juntavam pessoas de quase todas as lugares de SP. Os punks eram regionais se subdividindo entre os do ABC,  que se limitavam na grande São Paulo, os do Subúrbio que ficavam as margens das regiões leste e sul, os da cidade que faziam de seu quintal parte da zona norte e centro e os da zona oeste, anarcopunks que não se consideravam gangs, mas agiam como tal, todos mesquinhos, antipáticos e arrogantes, cada um com a sua verdade. Os tais virus que nasceram a margem da virada do século juntavam pessoas de quase todas as régioes de SP, com uma idéia simples de infectar todas as areas, recrutando punks sem crises ideológicas aos poucos infectando aquela cena em movimento. Entretanto, não simpatizavam com os anarcopunks e com o que eles chamavam “forfun”os  do hardcore melódico, aos poucos foram mudando o cenário.
 Orgulhavam-se de serem gangs, de serem punks,  de onde vinham, todos com o objetivo semântico  de destruir o sistema,  união esta fadada a inevitável ruína. A trajetória curta foi causada exatamente pelo motivo de sua ascensão lancinante, um aglomerado de gente pensando de forma diferente, todos punks, naturalmente, mas com métodos e sub-ideologias próprias de suas localidades. Um coquetel molotov  com pavil curto trazendo com suas breves mas poderosas chamas, a guerra e o caos no cenário punk controverso e violento a beira do milênio.
Foto tirada em 2000 - CENA PUNK SP
Como um câncer se espalhou por todos os bueiros, baratas em cemitérios, não havia uma liderança, haviam jovens drogados e violentos, buscando adrenalina e fugindo da realidade que lhes era imposta pela vida dura. A margem do sistema politico, e enfrentando uma verdadeira batalha sangrenta nas ruas, eles, sem apoio dos antigos, sem apoio dos mais novos, foram vomitados, pisados, rê-ingeridos e defecados, bastardos que deixaram um vácuo no movimento punk que resultou na morte de alguns, classificando novamente o movimento punk como violento e que deveria ser posto a margem da sociedade, trazendo de volta o espirito de 77 onde a guerra e o caos reinavam na cidade, sem bandeiras, sem fronteiras, a Vírus criou um colapso que até nos dias de hoje ainda tem reflexos no cenário punk.

6 Comentários:

Andrea disse...

Parabens pelo conto aguardo os proximos Atila seu blog foi adicionado na minha lista de favoritos

Anônimo disse...

Muito bom man,ansioso para os próximos contos,Erâ punk city.

Tapety Junior disse...

Muito bom mesmo , isso me faz lembrar do meu
cenário underground

Serralheria David Punk disse...

Voltei no tempo era cidade

Serralheria David Punk disse...

Voltei no tempo era cidade

Serralheria David Punk disse...

Voltei no tempo era cidade

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